domingo, 31 de julho de 2011

Da morte para a vida...


Aquela vida está sofrida
Paira sobre ruas desertas
Sem ter para onde ir
Para onde chegar.

Vive com a alma vazia...
Com espírito frenesi...
Com a mente dispersa...
E com olhar distante.

Se tem abrigo, não quer!
Acostumou-se com o perigo.
Se tem amor, não dá valor!
Acostumou-se sem calor.

Calor humano,
Contatos,
Conversas,
Isso tudo não mais o interessa.

A solidão interior,
íntima, se hospedou.
Acha que é uma saída, um refúgio.
Engano tolo, é tudo muito escuso, confuso.

A inverdade já faz parte da sua rotina.
A retina de seus olhos,
Já não enxergam mais a luz,
Só restou-lhe o breu.

O coração que antes era esperança,
Agora está em cinzas.
O humor que antes era suave,
Está azedume.

O olhar que antes era de amor,
Está altivo.
O coração tem tanta poluição
Que se confunde com os sentimentos bons.

Mas ainda tem uma chance...
É só esperar o próximo alvorecer...
O dia se vai...
Chega o crepúsculo... que lindo!

E com ele sua vontade de crescer.
Almejando existir novamente,
Florescer...
E sorrir aos descrentes.

Descrentes esses...
Que pensaram piamente
Que jamais renasceria das cinzas.
Que ficaria eternamente nesse lamaçal.

Mas você quis.
Foi onde tudo recomeçou...
A semente estava ali quase morrendo.
E você despertou e a regou.
Ela então brotou, cresceu e desabrochou.

Hoje você é sal.
É visceral... É águia.
Jogou fora toda a bagagem suja
Que pesava a alma, o corpo e a mente.



(((Camila Senna )))




Nenhum comentário:

Postar um comentário