segunda-feira, 15 de julho de 2013

NÃO MENOS...





Frida Sofrida
Mas não Menos Cálida

Kahlo dentro do gargalo
A Dor que Arde mas Finda!

Camila Senna.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Flor Camila...





para a poeta Camila Senna


Camila menina,
Camila mulher,
Camila poeta,
Camila camélia
Senna entra em cena
E mostra ao que veio.

Em sua doce rebeldia.
Melancólica em sua poesia.
Guerreira em sua ousadia.
Musa, ninfa que não precisa
Perguntar nada ao pó,
Pois o pó já lhe declara todo o amor
E ela como toda mulher-flor
Se abre inteira.
Tesa em sua beleza.
Fenix restaurada das cinzas.
Cinza que faz, desfaz e refaz Camila.
Cinza do pó de poesia.

Marcio Rufino 

terça-feira, 29 de novembro de 2011

De lua...


A entrega sempre foi forte,
Sem senso crítico.
Imensa, lanço-me pros seus braços,
Te abraço, te conduzo, te acolho...
Impressionado, você se encanta...
Canta pelos meus caminhos...
Sem juízo, refaz todas as trilhas,
Trilhas antigas que se renovam a cada passo. 

Novamente acaricia-me os traços,
Traços enigmáticos iluminados pela lua.
Tudo de muito louco se perpetua, explode!
Sua sem minha autorização me faço, não indago.

Vez em quando arredia me nego,
Me afasto e protesto.
Protesto a favor da vivacidade,
Do brilho nos olhos, da paixão.
Você entende e logo vem sem medo da contramão. 

Sei que sou de lua,
Vivo de fases,
Falando frases,
Vez em quando com quase
Na base do êxtase. 

Amo mesmo o amor que começa com risadas
E termina num beijo quente sem piada.
O amor que em minha alma situa é risonho
Cheio de sonhos, criativo e intenso.


(( Camila Senna ))

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Quer saber...



Cheguei nesse mundo nua de alma e corpo,
Por que a sociedade implica se assim manter-me?
Pelo menos a alma, mas quer saber?!
Quero que se foda a foda da sociedade.





Camila Senna 

domingo, 30 de outubro de 2011

Eu Simplesmente Amo-te




 Eu amo-te sem saber como, ou quando, ou a partir de onde. Eu simplesmente amo-te, sem problemas ou orgulho: eu amo-te desta maneira porque não conheço qualquer outra forma de amar sem ser esta, onde não existe eu ou tu, tão intimamente que a tua mão sobre o meu peito é a minha mão, tão intimamente que quando adormeço os teus olhos fecham-se.


Pablo Neruda, in "Cem Sonetos de Amor" 



quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Dois em um...



Quem dera todos os dias
Esse olhar, essa alegria.
A vida deu voltas
E numa dessas, trouxe-me você. 


Sinto que você, da minha vida,
Não passará assim sem nada deixar.
Tudo é especial e inebriante
Quando na rua caminho contigo. 

Mãos rústicas que quando tocam em mim
Se convertem, ficam leves.
Sinto o mundo vazio,
Ouço o vento declamar poesias de amor.

Sinto meu coração cheio,
Transbordando emoção.
As sensações são mágicas,
Singelas e pequeninas. 

Quando de repente acordo,
Me vejo sem eira nem beira,
Com meus pés com poeira
E só, sozinha pelas ruas, chorosa. 

Meu caminho é distante do seu,
Mas nossos corações
Caminham em sintonia
Numa só melodia. 

Sinto você em mim,
Mesmo partindo.
Sinto você tocando em mim,
Mesmo estando numa multidão. 

Esse castelo cheio de dragões
Que você criou na sua mente
Para mim são inexistentes,
Apenas um medo profundo de errar. 

Mais somos iguais.
Você não acha,
Se engana o tempo todo
Dizendo isso, aquilo. 

Mais somos um.
Por ironia?
- Creio que por poesia
Poesia torta por aparência
Certa por uma questão de alma.


(( Camila Senna )))

segunda-feira, 24 de outubro de 2011



O tempo é inimigo para alguns,
Mas para mim, amigo...
Mesmo contando todos os desencontros,
Somando todos acertos e desatinos,
O tempo é perfeito, o tempo é lindo.

Sei que muitos falam do tempo
Uns o odeiam, acham o cruel, um vilão.
Eu gosto de sentir o tempo passar por mim,
Encontro-me com ele todos os dias e não canso.

Sei que o tempo de muitas auroras, na minha jornada, irá chegar.
Às vezes sinto-o calado, distante, mas sempre presente.
Afinal, tudo tem seu tempo, ele também tem fases,
Vive calmo, às vezes agitado, às vezes sereno,
E com os que merecem, não sei o porquê, descontente.

Se não existisse o tempo,
Como lembraríamos dos momentos únicos?
Seja de encontro familiar harmonioso,
Ou um amor que te marcou o coração, a alma e o corpo todo.

Tempo preciso, amigo, inimigo.
Até nas fotografias se faz antigo, eterno.
Com o tempo sinto-me mais mulher,
Sinto-me forte... Sinto-o em MIM.
Sinto também carência, urgência e saudade.

Saudade de vários tempos que nunca, nunca,
Jamais voltarão, aí entra a saudade regada de solidão
Batendo a porta na cara de nossas preciosas lembranças, dizendo não.

Faz parte do tempo o nascer, o desabrochar,
O descobrir-se, o riso, o choro, a perda, os lugares.
Imagina tudo isso costurado pelo tempo...
Guardado numa caixinha mágica chamada coração?
Para os sensíveis: muita emoção.
Emoção? - Eu sou!


((( Camila Senna ))


terça-feira, 18 de outubro de 2011

Manuel Bandeira



O vento varria as folhas,
o vento varria os frutos,
o vento varria as flores…
E a minha vida ficava
cada vez mais cheia
de frutos, de flores, de folhas.
O vento varria as luzes,
o vento varria as músicas,
o vento varria os aromas…
E a minha vida ficava
cada vez mais cheia
de aromas, de estrelas, de cânticos.
O vento varria os sonhos
e varria as amizades…
o vento varria as mulheres.
E a minha vida ficava
cada vez mais cheia
de afetos e de mulheres.
O vento varria os meses
e varria os teus sorrisos…
o vento varria tudo!
E a minha vida ficava
cada vez mais cheia
de tudo.

” 
 
 Canção do vento e da minha vida, Manuel Bandeira

Essa Pequena

Meu tempo é curto, o tempo dela sobra
Meu cabelo é cinza, o dela é cor de abóbora
Temo que não dure muito a nossa novela, mas
Eu sou tão feliz com ela


Meu dia voa e ela não acorda
Vou até a esquina, ela quer ir para a Flórida
Acho que nem sei direito o que é que ela fala, mas
Não canso de contemplá-la


Feito avarento, conto os meus minutos
Cada segundo que se esvai
Cuidando dela, que anda noutro mundo
Ela que esbanja suas horas ao vento, ai


Às vezes ela pinta a boca e sai
Fique à vontade, eu digo, take your time
Sinto que ainda vou penar com essa pequena, mas
O blues já valeu a pena



Chico Buarque